"Sobre a força das gotas da chuva". ThiagoBanik
Sinto essas simples gotas de água tocarem meus lábios e – pela primeira vez –, depois de anos, essa boca não é tocada por falsos beijos e sim pela pureza de uma chuva tranquila.
Invejo a harmonia com que as gotas caem no chão, como o trovão combinado com a chuva parece ser uma orquestra tão similar à da época do classicismo. Nada disso é parecido com a vida que tenho levado.
Invejo a tranquilidade e a harmonia que existe mesmo no meio de uma tempestade. Será que nunca terei isso?
Chuva, misture-se com minhas lágrimas e leve-as embora. Toque em meu rosto como um sinal de companheirismo. Leve junto a dor que esse meu coração sente nessa noite mais escura que o normal.
Quero sentir essa água límpida escorrendo pelo meu corpo sujo. Sujo de ódio, raiva e traição.
Trovões, por favor, façam minha audição melhorar e escutar quem realmente me quer bem, escutar os conselhos dos meus verdadeiros amigos e seguir de verdade o que eles falam.
Relâmpagos, eu imploro a vocês que apareçam para iluminar essa noite tão macabra em que não vejo uma estrela de esperança. Mostre uma luz para essa alma morta, mostre algo vivo para mim.
É apenas isso que peço para a tempestade que se mistura com a confusão de uma alma traída, machucada ou até gravemente ferida. Sem ter como curar uma alma assim, eu peço a renovação. Quero ter a esperança na confiança, quero sentir um verdadeiro amor, quero apenas ser vivo.
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